Como encarar um divórcio com filhos no meio
Saiba como enfrentar essa difícil situação da melhor forma possível, tanto para o ex-casal quanto para as crianças
Divorciar-se
nunca é uma decisão fácil de ser tomada, ainda mais quando há
filhos que também sofrerão com a mudança.
É preciso pensar neles em primeiro lugar e encarar a situação de
forma madura e consciente para que as crianças passem pela transição
da melhor maneira possível.
É
sempre bom lembrar que separação é
diferente de divórcio.
A separação significa apenas a extinção dos direitos e deveres do
casal, mas, na prática, o homem e a mulher continuam casados e,
portanto, não podem unir-se em matrimônio com outra pessoa. Já no
caso do divórcio existem duas ações possíveis: extrajudicial e
judicial, que ocorre na presença de um juiz.
Os pais que possuem filhos menores de idade devem escolher o divórcio judicial. Nesse caso, eles podem optar pelo processo consensual, no qual as questões burocráticas são acordadas entre eles, e o casal decide com quem os filhos vão ficar. Essa é a opção mais saudável para ambas as partes e, principalmente, para a criança. Caso não haja um acordo entre o casal, ocorre o processo litigioso, em que uma das partes entra com uma ação judicial contra a outra, disputando os bens e a guarda. Essa situação costuma trazer bastante sofrimento tanto para os pais quanto para os filhos, que se veem no meio de uma briga sem fim. É importante observar que todas as decisões e acordos devem ser feitos longe das crianças.
Os pais que possuem filhos menores de idade devem escolher o divórcio judicial. Nesse caso, eles podem optar pelo processo consensual, no qual as questões burocráticas são acordadas entre eles, e o casal decide com quem os filhos vão ficar. Essa é a opção mais saudável para ambas as partes e, principalmente, para a criança. Caso não haja um acordo entre o casal, ocorre o processo litigioso, em que uma das partes entra com uma ação judicial contra a outra, disputando os bens e a guarda. Essa situação costuma trazer bastante sofrimento tanto para os pais quanto para os filhos, que se veem no meio de uma briga sem fim. É importante observar que todas as decisões e acordos devem ser feitos longe das crianças.
Tipos
de guarda
Quem
decide a guarda é
o juiz. “A partir dos 12 anos a criança pode decidir se ela quer
ficar com a mãe ou pai, mas não necessariamente o juiz irá acatar
esse pedido”, afirma o advogado especialista em direito de família
Nelson Sussumu (SP). Há dois principais tipos de guarda:
Unilateral: é
atribuída a um dos genitores, em geral a mãe. A parte que não
ficar com a guarda continuará com dever de assegurar a proteção e
o desenvolvimento saudável da criança, além de poder participar
efetivamente da vida dela, com visitas frequentes e envolvimento nas
atividades do filho.
Compartilhada: nesse
caso, todas as decisões referentes à criança são tomadas em
conjunto, pelo pai e pela mãe. Deveres de sustento, educação e
saúde são compartilhados, assim como o direito à convivência
constante. A participação na vida do filho, dos dois lados, se
torna mais ativa do que quando existe a guarda unilateral. Segundo
Nelson, essa é a melhor opção para a criança. A guarda
compartilhada ainda pode ser alternada, quando o filho vive um
período com a mãe e outro com o pai.
Como
contar sobre o divórcio
O
ideal é que durante o processo de separação a família tenha o
acompanhamento de umpsicólogo para
adaptar as crianças a essa nova fase. Segundo a psicóloga Ana Lúcia
Castello, do Hospital Infantil Sabará (SP), o pai e a mãe devem
contar juntos para as crianças sobre o divórcio, explicando que
eles não vão mais morar juntos, mas que continuarão sempre por
perto. É necessário passar muita segurança. Se a criança for
muito pequena, ou o motivo da separação for traumático, não é
preciso contar os detalhes. “Se ela quiser saber o motivo, os pais
devem dizer que foi algo que aconteceu aos poucos, que com o tempo
eles perceberam que não queriam mais ficar juntos. Tem que deixar
claro que isso é um problema deles e que o filho não tem culpa de
nada”, explica Ana Lúcia.
A
criança precisa estar consciente de que a partir de agora ela terá
duas casas e que irá morar com um dos pais e visitar o outro
frequentemente. É importante que ela saiba como essa nova rotina irá
funcionar para que a adaptação seja mais tranquila. Contextualizar,
com a ajuda de desenhos e brinquedos, a casa da mãe e do pai, o que
terá em cada um desses lugares e como será o dia a dia vai ajudar
na assimilação da criança. Ela precisa conhecer para se sentir
segura e confortável com a nova situação.
Possíveis
reações dos filhos
O
comportamento das crianças diante de um divórcio varia de acordo
com a idade. Em geral, quanto menor é o filho, mais fácil será a
adaptação. Mas, a mudança brusca pode causar angústia e ansiedade
que se refletem em reações regressivas como fazer xixi na cama ou
dar chilique por tudo, principalmente com o intuito de chamar a
atenção. Além disso, é comum a criança se sentir abandonada ou
culpada, achando que o divórcio dos pais é responsabilidade dela.
A
partir dos 6 anos, o filho tende a apresentar alterações emocionais
dentro de um contexto agressivo ou retraído. A criança costuma se
isolar no quarto ou ter atitudes hostis. Ela também pode se sentir
culpada pela situação, principalmente se for uma criança
desobediente, que acha que o seu comportamento influenciou no
relacionamento dos pais.
Para
minimizar as reações dos filhos durante e após o processo, os pais
devem manter um relacionamento saudável, tranquilizar a criança e
deixá-la confiante de que tudo vai dar certo. A separação precisa
ser vista não como uma perda, mas como uma nova situação.
Fonte:
http://revistacrescer.globo.com/Familia/Novas-familias/noticia/2013/07/como-encarar-um-divorcio-com-filhos-no-meio.html
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