
Nascemos, crescemos, ficamos velhos. Olhamos para traz e o que vemos? Falando de nossa mocidade, lembramos do vigor da vida, de nossa força e resistência que estavam no pico, totalmente o contrário da velhice, onde a força diminui e o vigor também. Fazemos menos, mas as dores aumentam.
Na velhice, os desejos e esperanças da mocidade já passaram. É frustrante perder o vigor que tínhamos, especialmente com a sabedoria acumulada ao longo da vida. Agora, na velhice, com o acúmulo dos anos, os olhos começam a enfraquecer, já não podem contemplar totalmente as maravilhas da criação. Da janela, a visão já não é a mesma, apesar dos esforços para enxergar.
Os joelhos, já não mais sustentam o corpo daqueles homens que um dia se diziam, e eram, fortes. Andam encurvados, cena triste.
Os dentes, antes fortes e extremamente roedores potentes, agora alem de perder a força, ainda são poucos por conta da idade.
A voz já perdeu grande parte de seu timbre, as cordas vocais já gastas e cansadas, precisam pedir para repetir as palavras para ser entendido. A audição segue o mesmo caminho.
Ah, o sono, já não é o mesmo, qualquer ruido é motivo para perdê-lo. Acorda e levanta à voz das aves, saudades do sono antigo.
A força se vai, os sentidos enfraquecidos, olhos frágeis e dificuldade para a cura. A brevidade da respiração e as articulações endurecidas tornam mais dolorosos a tentativa do esforço maior.
Cabelos brancos e frágeis por conta dos longos aniversários.
As pequenas coisas e pequenos trabalhos são um peso enorme e grande fardo.
Diante de grandes manjares a empolgação já não é mais a mesma, perdeu-se também o apetite.
O relógio parece que não gira, devido ao tédio e solidão, mas a expectativa da passagem para outra vida parece que voa e já se visualiza a casa cheia de pranteadores olhando para o esquife que carrega mais um ser humano que terminou sua jornada por aqui.
O que é a vida? um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.
Isso não é melancolia, é a realidade. O que fazer até que a tão certa morte chegue para nós e, o pó retorne de onde veio, para a terra? vale a pena refletir.
Por tudo isso, precisamos e devemos reconhecer a vida como um precioso presente que deve ser desfrutada sabiamente, e não desperdiçando-a de maneira frívola.
By Paulo Lourenço
Janeiro/2015
P.S....abra o link e veja um excelente video sobre o assunto:
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