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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

DESGRAÇA POUCA É BOBAGEM


          





          








             Meu saudoso pai tinha uma frase, que dizia: "urubu quando tá azarado, o de baixo caga no de cima". Vocês podem até estar achando estranho o título ou o assunto que escolhi desta vez para blogar, aproveitando esta belíssima tarde fresca, depois de uma sequencia de tardes quentes.
           Ultimamente eu tenho acompanhado algumas famílias que estão vivenciando momentos muitos difíceis nos seus relacionamentos do dia a dia. Na grande maioria, destas famílias, as lutas e dificuldades, por elas enfrentadas, até parece um túnel de desgraças vividas, onde não sê vê saídas ou uma luz que venha a vislumbrar uma situação reversa e que possa dizer que haverá esperanças, humanamente falando.
        Tente visualizar estas cenas. Pobreza extrema, controle de natalidade, nunca ninguém nem viu falar, seis, sete filhos, que colocados juntos é uma escadinha, com degraus bem curtos, um atrás do outro. O casal original já não existe mais, pois naquela família já passou por, no mínimo, três "pais" e "mães", gerando crianças diferentes, é aquela mistura de irmãos de cada um desses pais, que se amontoam e são obrigados a conviver. Tudo junto e tudo misturado.
           O provedor, que pelo menos deveria ser ou ter, vive de bicos e torra toda a grana na famosa da "marvada cachaça", passam fome é claro, mesmo com a ajuda dos governos, isso quando são cadastrados em tais programa sociais.
              Educação secular, ninguém as tem, pois de tão calejada a vida, só podem sentir desânimo e incompreensão da necessidade e dos benefícios que ela trará. 
          Saúde, que saúde? como reage um organismo humano sem os nutrientes básicos, sem água potável, esgoto, vestimenta, habitação condizente, insegurança, convívio com drogas de todos os tipos. Não dá nem para tocar em lazer, cultura....
            Pais e parentes cometendo abuso e exploração sexual dessas crianças indefesas, causando mais traumas ainda.  Maridos e esposas sem saber que o é um carinho, afago, tratamento com respeito e educação, valorização pessoal e outras coisas do gênero.
         Religião, Deus, Fé, Amor, Esperança, Motivação....O que isso mesmo, seu moço?
             A pergunta final, pois também não tenho a resposta para sugerir na conclusão, é: O QUE FAZER? Qual o papel de cada um de nós. Pessoas comuns, comunidade, sociedade organizada, as religiões, o estado, o país?
           Acho que deve ter muitas respostas sugestivas nesta sua cabeça privilegiada, mas vou parar por aqui, pois a minha intenção é provocar-nos mutuamente sobre tudo isso.







By Paulo Lourenço
Janeiro/2015




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